Meu compadre e dileto amigo Gilberto Robalinho, por Marcos Antonio Martins Sottoriva
Quarta, 14 de julho de 2021 às 16:20Nos idos dos anos 90, em Corumbá, depois de atuar um bom tempo na comarca, conheci o paranaibense Gilberto Robalinho.
Ele era solteiro e sempre ia à minha casa com endereço na Rua 15 de novembro, próximo à estação de trem.
Depois ele se casou com a também paranaibense Cirlene. Logo veio a Marina, sua primeira filha, e a amizade foi se estendendo para a sua família.
Recordo-me de um trabalho realizado pelo Gilberto, de combate aos abatedouros de bovinos clandestinos em Corumbá, no qual eu e a colega Nilza Gomes da Silva pudemos colaborar.
Naquela época, a Capital do Pantanal não possuía abatedouro de bovinos e, na tentativa de coibir a atividade clandestina, Gilberto fez até campana com a polícia e prendeu alguns responsáveis por abatedouros clandestinos. Como eu atuava na seara criminal, oferecemos denúncia contra um poderoso pecuarista da cidade, cuja prisão em flagrante teve a colaboração pessoal do Robalinho em conjunto com a Polícia Militar Ambiental.
A partir dali, após várias reuniões com técnicos da IAGRO e da Vigilância Sanitária Municipal, foram construídos dois frigoríficos. Sem dúvida, foi um grande feito para os munícipes de uma cidade com mais de 200 anos que não dispunha de abatedouro autorizado.
Gilberto era assim, dedicava-se à função como um missionário devotado.
Depois, fui para Dourados e na sequência vim para esta Capital, quando então voltei a atuar em parceria com o Robalinho na Procuradoria-Geral de Justiça, durante a gestão do colega e amigo Sérgio Luiz Morelli. O Gilberto atuava como Assessor Especial e eu como Chefe de Gabinete.
Também atuamos em conjunto com o GAECO, e com os colegas Silvio Amaral Nogueira de Lima, Marcos Fernandes Sisti, Ana Lara Camargo de Castro, Clóvis Amauri Smaniotto e Jiskia Sandri Trentin no caso publicidade. Gilberto era o revisor das ações penais e Ana Lara das ações de improbidade administrativa.
Sem dúvida, foi um privilégio poder compartilhar da convivência profissional com o Gilberto.
Mais ainda, ter sua amizade, ver a amizade entre nossas famílias se estreitarem; poder ter o Robalinho como padrinho de Crisma do Lucas, meu filho; e além de padrinho, como seu professor quando atuava à frente da Promotoria de Justiça Criminal dessa Capital.
Deus e o destino me concederam essa convivência familiar e profissional com o Gilberto, que para mim, era mais que um amigo e colega de Instituição, era realmente um irmão residindo neste Estado que me acolheu.
Jamais o esquecerei!
Procurador de Justiça Marcos Antonio Martins Sottoriva